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Morador de rua pode ter sido morto por praticar crimes na Matinha, diz DHPP

Segundo o delegado Genival Vilela, Elias Pereira Santiago colecionava várias passagens pela polícia.


O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deu início às investigações sobre o assassinato do morador de rua Elias Pereira Santiago, de 43 anos, executado com quatro tiros na noite desse sábado (28) nas proximidades do Cemitério São José, no bairro Matinha, zona norte de Teresina. Equipes do DHPP verificaram na manhã desta segunda-feira (30) que o casebre onde a vítima morava foi incendiado.

Em entrevista ao GP1, o delegado Genival Vilela, que está presidindo o inquérito sobre o crime, explicou que além do incêndio ao casebre, os primeiros levantamentos feitos apontaram que Elias Pereira responde criminalmente por vários delitos e isso pode ter tido relação com o homicídio. “A equipe de plantão esteve lá no local e já constatou que após o crime, alguém ateou fogo no casebre em que a vítima dormia. Segundo informações colhidas, ele [Elias] já vivia em situação de rua, mas dormia nesse casebre. Na vida pregressa da vítima, havia vários processos criminais por porte ilegal de arma de fogo, posse irregular de arma de fogo, tráfico de drogas, posse de drogas para consumo próprio, receptação, ameaça e injúria na [Lei] Maria da Penha”, disse o delegado.

A autoridade policial também detalhou que, em um primeiro momento, a suspeita é que a própria vizinhança tenha ateado fogo no local onde Elias Pereira dormia, temendo que outra pessoa em situação de rua se apossasse do casebre.

“Parece que nesse momento da investigação uma coisa não tem relação com a outra, visto que os criminosos poderiam ter incendiado o casebre logo no momento do homicídio, no entanto, só foi queimado depois [do crime]. Já nos disseram que a vítima praticava pequenos delitos para alimentar o vício em drogas, então, possivelmente, moradores da região, temendo que outra pessoa se apossasse desse casebre, podem ter queimado o casebre. Estamos investigando se foi isso ou se foram os executores do homicídio, se houve um mandante, qual a motivação desse crime, se foi pelo tráfico de drogas ou seria a questão dos crimes praticados por essa vítima”, acrescentou o delegado Genival Vilela.

O delegado do DHPP declarou que até o momento não foram identificadas testemunhas do assassinato, tampouco os familiares do morador de rua, o que dificulta as investigações. “Em uma análise inicial, esse crime é um pouco complicado. O local não dispõe de imagens, não temos conhecimento de parentes dessa vítima, deve ter algum, mas até o momento não se apresentou. Verificamos questão de testemunhas, mas se alguém testemunhou o fato não se apresentou e, possivelmente, não irá se apresentar. Então, é um caso complicado, mas estamos trabalhando nisso”, finalizou Genival Vilela.

O crime

Elias Pereira, mais conhecido como “Magão”, foi assassinado com vários disparos de arma de fogo por volta de 19h do último sábado (28), no bairro Matinha, zona norte de Teresina.

O homem foi surpreendido por dois suspeitos que estavam em uma motocicleta, eles se aproximaram e atiraram contra a cabana improvisada que a vítima dormia, situada ao lado do Cemitério São José. Os criminosos fugiram logo após o assassinato e ainda não foram localizados.

Fonte: GP1 

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