Ex-senador é preso por suspeita de matar a ex-mulher
O ex-senador é suspeito de ser mandante do assassinato de Antônia Araújo Sousa. A mulher foi executada com um tiro na cabeça.
O ex-senador Telmário Mota foi preso em Nerópolis, Goiás, pela Polícia Militar, na noite desta segunda-feira (30/10). Ele é suspeito de ser mandante do assassinato de Antônia Araújo Sousa, 52 anos, em 29 de setembro deste ano, em Boa Vista (RR). A vítima era mãe de uma filha do parlamentar.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher foi abordada por um homem na saída de casa, e ao virar para respondê-lo, ela foi executada com um tiro na cabeça. O parlamentar foi senador entre 2015 e 2022, mas não foi reeleito na última eleição.
A Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima que indicava a possível presença do ex-senador em uma casa do município de Nerópolis. Quando chegaram ao local, policiais militares e civis perceberam uma movimentação suspeita envolvendo um veículo que tentou ingressar em uma residência, mas empreendeu fuga ao perceber a presença das autoridades.
“Isso desencadeou acompanhamento ao veículo em questão, culminando em uma ordem de parada para conduzir uma abordagem. Durante o procedimento de abordagem, confirmou-se que o passageiro do veículo era, de fato, o ex-Senador Telmário Mota”, disse a corporação, em nota.
“Após a detenção, o ex-Senador foi devidamente apresentado às autoridades competentes da cidade de Nerópolis e agora será apresentado à Delegacia de Investigação de Homicídios, visando o cumprimento do mandado de prisão”, acrescentou a Polícia Militar de Goiás.
De acordo com o delegado do caso, João Evangelista, além de Mota também foi determinado a prisão do suspeito de ser o executor do crime, Leandro Luz da Conceição, e de Harrison Nei Correa Mota, sobrinho do senador, apontado como responsável pela logística e planejamento do crime. Uma assessora do parlamentar também está sendo investigada e deve responder a medidas cautelares.
Antônia era mãe da filha do parlamentar, que o acusou de assédio sexual em agosto do ano passado. A jovem tinha 17 anos, à época, e contou que o pai teria tentado tirar a roupa dela durante um passeio de Dia dos Pais. Quando o caso veio a público, Mota negou as acusações. A ex-mulher do parlamentar era uma das principais testemunhas do caso.