Política

Camilo garante renegociação do Fies a partir desta terça-feira (7)

O ministro da Educação afirmou, após reunião com o presidente Lula, que haverá condições especiais de pagamento para inadimplentes e adimplentes na Caixa e no Banco do Brasil.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na manhã desta segunda-feira (6/11) com o ministro da Educação, Camilo Santana, e representantes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Eles discutiram como será feito o atendimento das renegociações de dívidas do Programa de Financiamento Estudantil (Fies). Camilo garantiu que as negociações têm início nesta terça-feira (7). 

“São mais de 1,8 milhão de pessoas que terão o direito de renegociar. Isso significa R$ 54 bilhões de dívidas que poderão ser renegociadas com condições muito favoráveis, podendo chegar ao desconto de 99% do valor principal e 100% dos juros de multa. Você pode pagar 1% da dívida, dependendo da condição que ela esteja”, explicou o ministro. De acordo com ele, a resolução com todas informações sobre o atendimento deve ser publicada do Diário Oficial da União (DOU) ainda hoje, para que os trabalhos já comecem amanhã. 

“A preocupação do presidente é realizar essas negociações o mais rápido possível. A partir de amanhã, as agência de todo Brasil da Caixa e do Banco do Brasil já poderão receber esses clientes do Fies. O atendimento vai ocorrer, inclusive, por telefone, via 0800”, declarou Camilo.

Segundo o ministro, inadimplentes e adimplentes poderão renegociar os pagamentos com condições especiais. Ao comentar sobre novas regras que estão sendo pensadas para o financiamento, Camilo também enfatizou que será considerado quem são as pessoas que não pagam “porque não querem” e quem “não paga porque não tem condições”. 

No Brasil todo, são mais de 1,2 milhão de contratos inadimplentes do Fies. O estado com o maior número é São Paulo (294 mil), seguindo por Minas Gerais (127 mil), Bahia (108 mil) e Rio de Janeiro (96 mil). Os estados que registram o menor número de não pagantes são: Roraima (4,2 mil), Tocantins (5 mil) e Rondônia (8 mil). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). 

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