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Família acredita que estudante foi morto por estudar em área de atuação de facção e cobra atuação da polícia

Padrasto afirma que jovem teria pedido ajuda antes de ser executado.

O pedreiro Almir Rogério Lopes da Silva, de 43 anos, que é padrasto de Marcos Vinicius da Costa Barros, que foi morto a tiros na Escola Antônio Tarcísio, afirmou que o estudante não tinha envolvimento com o mundo do crime. A família acredita que ele pode ter sido morto porque ele mora em uma área que tem atuação de uma facção, no residencial Árvores Verdes, e estuda em escola que fica em área de outra facção, no bairro Santa Bárbara.

Segundo a família, o estudante de 17 anos viu os suspeitos do crime e chegou a pedir proteção para a direção da escola. O Cidadeverde.com entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e aguarda posicionamento. 

“Ele pediu proteção e o diretor fez sorrir da cara dele. Foi antes do fato ocorrer. Ele estava dentro da escola, quando ele saiu para o pátio ele avistou os autores que estavam do lado de fora. Eu não sei me dizer se ele estava esperando, só sei que ele voltou para trás”, afirmou.

A família disse que o jovem nunca relatou qualquer ameaça e acredita que foi morto por engano.

“Eu vou dizer que ele foi pego por engano, porque ele não era envolvido com nada. Ele foi pego por engano. Então, ele era só de trabalho, para casa, estudar e somente isso que ele sabia. Com certeza, ele foi confundido com alguém. Ele morreu de laranja”, declarou.

Foto: Cidade Verde

O padrasto criticou a falta de segurança da região, principalmente na escola, já que o crime ocorreu quando tinha vários alunos.

“Tantos inocentes que estão perdendo as vidas. Era para as autoridades colocarem pelo menos no mínimo, três ou dois policiais em cada colégio. Que custo tem? Os nossos impostos estão servindo para quê? É para isso, entendeu? E aí, eles estão vendo a matança acontecendo, e as autoridades não tomam providências. Então, quer dizer que vai ter que morrer mais jovens, para eles poderem fazer alguma coisa? Na época da eleição, eles acham de vir na casa do pobre, quando está precisando do povo, mas quando o povo precisa, cadê o serviço? Outros jovens vão ter que morrer mais, para ter que tomar uma atitude?”, questionou.

O líder comunitário Francisco Gomes afirmou que a região do Árvores Verdes não possui escola de ensino fundamental e médio, e que o fato dos alunos estudarem em outra região já era uma preocupação, devido à briga entre facções.

“Nossos meninos estudam em colégios de bairros vizinhos, mas por conta de facções, tem essa rivalidade, essa briga. Infelizmente está acontecendo o que ocorreu com esse menino, no qual não participava de crime, era um menino que vivia só do serviço, era estudante, ajudava dentro de casa. Infelizmente, a gente está perdendo os nossos jovens. Eu mesmo digo que estou com ansiedade, minhas filhas vão estudar só esse ano nesse colégio. Eu vou tirar minhas filhas. Porque a gente acha que a criança, os nossos filhos estão guardados dentro do colégio, estudando, e acontece um crime nesse estado. Infelizmente, nós chegamos a esse ponto. A gente está andando em um bairro de vizinhos e tem que ter cuidado, correndo o risco de ser morto a qualquer momento. Mesmo você não fazendo parte de nada, de facção, nem de crime nenhum. É triste”, afirmou.

Foto: Reprodução Cidade Verde

Delegado diz que bandidos “passaram do limite”

O delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do DHPP, falou sobre a ousadia dos criminosos que invadiram uma escola e mataram um aluno na noite de segunda-feira (6). Ele afirmou que a polícia dará uma resposta rápida ao crime.

“O que aconteceu foi muito grave, a escola é uma instituição que para mim é sagrada, tem que ser respeitada. Então esses indivíduos são ousados demais, já passaram do limite, merecem ser identificados, e serão, e devem ficar na cadeia sem nenhuma benesse da lei. Os nomes a gente até tem, mas é importante provar, então estamos trabalhando para a identificação desses dois criminosos”, destacou.

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