Condenado por feminicídio disse que estava de ‘cabeça quente’
Maria da Guia Ferreira de Araújo foi morta com dois tiros em agosto de 2017.
José Guarino de Brito foi condenado a 23 anos e quatro meses de reclusão pelo assassinato de Maria da Guia Ferreira de Araújo. Segundo a decisão, do juiz Georges Cobiniano Sousa de Melo, da Vara Única de Manoel Emídio, ele praticou o crime de homicídio qualificado como feminicídio.
O crime foi cometido em 18 de agosto de 2017 e a sentença condenatória saiu na última sexta-feira (24). Durante o julgamento, o magistrado e o Ministério Público chamaram a atenção para uma fala do réu em depoimento no processo:
“O denunciado relatou que estava bebendo, e com a discussão, por estar de “cabeça quente”, efetuou os disparos”, relata a decisão.
A discussão a qual o homem se referiu foi o que antecedeu o crime. Segundo a denúncia, José Brito e Maria da Guia Araújo conviveram juntos por quatro meses e, no dia do crime, tiveram a briga que resultou no acusado atirando duas vezes contra a vítima.
Durante o julgamento, pelo Tribunal Popular do Júri, o Conselho de Sentença, após análise de provas e depoimentos, reconheceu, por maioria de votos, que José Brito deveria ser condenado pelo crime.
Em seguida, o juiz Georges de Melo fixou a pena em 23 anos e quatro meses de reclusão, a ser cumprida, inicialmente, no regime fechado, na Penitenciária Gonçalo de Castro Lima, Vereda Grande, Floriano. O magistrado negou ao réu o direito de responder em liberdade.
Fonte: G1 Piauí