Política

Lula mantém aprovação estável nos primeiros 11 meses de governo

Taxas de reprovação e que veem a gestão como regular também se mantiveram similares ao longo do ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registra estabilidade na taxa de aprovação desde o começo do governo, há 11 meses. Pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira mostra que 38% dos brasileiros aprovam a gestão do petista, mesmo percentual observado nos dois últimos levantamentos, enquanto 30% avaliam o governo como regular e outros 30%, como ruim ou péssimo.

As taxas de avaliação do presidente Lula se mantiveram praticamente no mesmo patamar nas quatro pesquisas feitas pelo Datafolha desde o começo do ano. A aprovação registrou uma leve queda em levantamento divulgado em junho, quando 37% apoiavam a gestão do petista. O resultado, porém, ainda se encontra dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O perfil dos brasileiros que apoiam o governo acompanha o registrado em outros levantamentos feitos pelo instituto de pesquisa desde o começo do ano, e está em sintonia com os segmentos que, historicamente, têm preferência pelo nome do petista. Quase metade dos nordestinos (48%) são favoráveis ao governo Lula, percentual que chega a 50% entre aqueles com menor escolaridade.

Na outra ponta, os segmentos em que Lula vem enfrentando dificuldades de vencer a reprovação também se mantêm homogêneos desde o início do governo. A maior rejeição ao governo do petista está entre os mais ricos, em que quase metade (47%) são contrários à conduta do político à frente da Presidência da República. Lula também não é bem avaliado por 39% das pessoas com Ensino Superior.

No segmento evangélico, que o presidente vem tentando desatar nós desde o começo da gestão, não surtiu muito efeito na aprovação — 38% reprovam o governo, uma taxa 10 pontos percentuais menor que a registrada entre católicos.

O Datafolha ouviu 2.004 eleitores em 135 cidades do Brasil nesta terça-feira. A margem de erro média é dois pontos para mais ou para menos.

Maior aprovação desde 2011

Na retomada ao governo, Lula registrou a maior aprovação nos onze primeiros meses de mandato desde o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, iniciado em 2011. Na ocasião, a petista agregou aprovação de 59%, enquanto apenas 6% avaliaram o governo como ruim ou péssimo e outros 33% como regular.

O petista retoma o governo após uma das eleições mais acirradas desde a redemocratização, em que saiu vitorioso em disputa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por uma margem apertada de votos, nas eleições de 2022. No entanto, apesar do sucesso nas urnas no ano passado, Lula registrou o pior desempenho nos primeiros onze meses de sua série histórica. Em 2003, quando ascendeu à Presidência pela primeira vez, registrou 42% de aprovação e apenas 15% o avaliavam como ruim ou péssimo. Já em 2007, quando se reelegeu para o cargo, a aprovação subiu para 50% e a reprovação caiu para 14%.

Apesar disso, Lula teve um desempenho superior a seus antecessores no cargo. No primeiro ano de mandato, em 2019, Bolsonaro registrou apenas 30% de aprovação e outros 36% o avaliavam como ruim ou péssimo. Já em 2017, apenas 9% dos brasileiros faziam uma avaliação positiva do governo do ex-presidente Michel Temer, que tinha 61% de reprovação. Um cenário similar foi observado por Dilma quando assume a Presidência pela segunda vez, em 2015 — 12% de aprovação e 65% rejeitavam o governo.

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