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Trabalho infantil alcança quase 1,9 milhão de menores no Brasil

Trata-se de um aumento de 7% no contingente de crianças e adolescentes nesse cenário.

Após uma série de quedas, o trabalho infantil voltou a crescer no Brasil. São quase 1,9 milhão de crianças e adolescentes nessas condições. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (20).

Segundo o levantamento eram 1,881 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil em 2022. Trata-se de um aumento de cerca de 7% no contingente total em relação à última pesquisa. Em 2019, segundo o IBGE, eram 1,758 milhão de menores nesse cenário.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) conceitua o trabalho infantil como aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização.

Para a definição do conceito de trabalho infantil são estabelecidos critérios que consideravam a faixa etária, o tipo de atividade desenvolvida, o número de horas trabalhadas, a frequência à escola, a realização de trabalho infantil tido como perigoso e atividades econômicas desenvolvidas em situação de informalidade.

A evolução dos números do trabalho infantil no Brasil:

  • 2016: 2,112 milhões
  • 2017: 1,945 milhão;
  • 2018: 1,905 milhão;
  • 2019: 1,758 milhão;
  • 2022: 1,881 milhão.

Os destaques do novo levantamento:

  • 449 mil crianças em situação de trabalho infantil tinham de 5 a 13 anos de idade;
  • 65,1% são meninos;
  • 66,3% são pretos ou pardos;
  • 42,6% trabalhavam em serviços domésticos;
  • do grupo de 5 a 13 anos, o rendimento médio mensal é de R$ 246.

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