Estudante de medicina é indiciado por agressão contra casal gay em Parnaíba
Caso aconteceu em setembro de 2023; casal pediu medida protetiva na época.
O estudante de medicina Moisés Costa, envolvido em uma briga de bar que aconteceu em setembro de 2023 na cidade de Parnaíba, foi indiciado pela Polícia Civil do Piauí por lesão corporal grave. O processo foi feito através da delegada Ilana Barbosa, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (DEAMGV).
Na época do caso, uma das vítimas relatou ao A10+ que Moises Costa Martins, durante uma festa em um bar, proferiu discursos homofóbicos contra ele e seu marido e agrediu um deles com chute. O rapaz espancado foi identificado como Arthur Carvalho, de 28 anos. Victor Chaves, esposo da vítima, relatou que o agressor foi apresentado a ele como namorado de uma amiga que o casal teria conhecido na noite anterior. Durante a apresentação, Moisés teria feito gestos obscenos e xingado Victor.
“Ele começou a me xingar, mandou eu tomar no c*, disse para namorada dele que ela queria ficar na mesa com um bando de viados, por isso não queria ficar com ele. Fez gestos obscenos e ela começou a pedir perdão. Eu chamei meu esposo, que estava na área de fumantes porque fiquei com medo. Quando eu o chamei, ele levantou o cigarro e falei que ia apanhar. O Moisés foi na mesa dele, pegou uma garrafa, foi quando meu esposo viu e veio correndo. Meu marido pediu respeito e empurrou ele no ombro. Foi quando os seguranças entraram. Houve aquela discursão e eles se retiraram”, afirma.
No vídeo, divulgado na época do caso, é possível ver o momento em que Arthur sai do local e na sequência é agredido com um soco por Moisés. Arthur cai desacordado e os seguranças do local seguram Moisés que tenta travar luta corporal com os mesmos.
O casal permaneceu no local e minutos depois, Arthur Carvalho foi agredido e ficou desacordado. “Pensávamos que ele tinha ido embora. Quando meu esposo saiu para fumar, uns 10 a 15 minutos depois, o agressor veio e deu um chute nele. Meu esposo caiu desacordado e gravou bastante na cabeça porque a gente nunca passou por isso. Ele ficou em estado de choque e eu comecei a chorar. Chegou a polícia e acabou a festa. Fizemos o boletim de ocorrência e realizaram a perícia. Os policiais protegeram a gente no IML”, explicou.
Ao A10+ o delegado Ayslan Magalhães, responsável pelo caso, confirmou que um laudo apontou lesão corporal grave. A vítima apresentou um atestado de 60 dias e de acordo com o Código Penal, a lesão corporal grave se caracteriza pela incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias. As vítimas deram entrada em uma medida protetiva.