A Justiça do Piauí decretou a prisão preventiva do influencer Itallo Bruno. Com isso, ele, que foi preso durante a Operação Jogo Sujo deflagrada na última quinta-feira (11), foi encaminhado para uma unidade prisional do estado. Em nota, Defesa nega acusações e diz que trata-se de um mal-entendido, em que tudo será devidamente esclarecido.
Além dele, a mãe, a irmã e ex-namorada, também permanecerão presas. O influenciador teria movimentado cerca de pelo menos R$ 4 milhões nos últimos meses para membros de facção criminosa. Ele encontra-se preso na Cadeia Pública de Altos (CPA).
Em nota enviada ao A10+, o advogado Lucas Villa reafirmou que Itallo não tem envolvimento com organizações criminosas e não pratica lavagem de dinheiro. No mesmo dia em que foi preso, o influencer rebateu as acusações, citou que isso é uma “provação” e que voltará mais forte.
Confira a íntegra:
ITALLO BRUNO NUNES E SILVA, por meio de sua defesa técnica, esclarece que não possui qualquer envolvimento com facções ou organizações criminosas de qualquer natureza, bem como não pratica lavagem de dinheiro. Promoverá sua defesa nos autos da investigação e prestará todas as informações necessárias para esclarecimento dos fatos, estando confiante na Justiça e seguro de que o mal-entendido envolvendo suas atividades restará devidamente esclarecido.
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Sobre a operação
A operação policial teve como objetivo realizar o cumprimento de 15 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar, cujos investigados são acusados de obter vantagem ilícita por meio da prática de jogos de azar e a ocultação de patrimônio nas compras de bens diversos. A ação, deflagrada pela Polícia Civil, prendeu 11 pessoas e apreendeu oito carros e 13 motos de altos valores, além de porção de maconha.
Durante as investigações, foram identificadas grandes movimentações financeiras entre indivíduos vinculados a conhecida facção criminosa, com fortes indícios da prática de crimes, tais como os de Organização Criminosa (art. 2 da Lei 12.850/13), Lavagem de Dinheiro (art. 1 da Lei 9.613/98) e Jogos de Azar (art. 50 da LCP), cujas penas de reclusão podem atingir até 18 anos de prisão.
Lavagem para facção criminosa
O delegado Matheus Zanatta descreveu, em entrevista ao A10+, como funcionava o esquema. Segundo ele, Itallo lavava dinheiro para facções criminosas. “Esse pessoal angariava dinheiro dessas rifas, distribuía para outras pessoas, compravam imóveis, carros e moto de luxo no intuito de dar legalidade a esse dinheiro, por isso que foi caracterizada a lavagem de capitais. Esse dinheiro também estava sendo movimentado por uma pessoa que está no sistema prisional, que é faccionada, e que possivelmente o principal alvo da operação que é o ítalo, ele lavava dinheiro para essa facção criminosa”, destacou o delegado Matheus Zanatta.
Na ocasião, a mãe, irmã e amigos de Itallo foram conduzidos pela polícia. Um funcionário da Assembleia Legislativa também está sendo investigado em relação ao reboque de veículos. Segundo as investigações, essas outras pessoas presas, suspeitas de participar dessa rede criminosa, tinham diversas tarefas, serviam como despachantes para adquirir e esconder os veículos das rifas.
Saiba quem é
Itallo Brunno é bastante conhecido na capital piauiense. Somente em uma rede social, ele acumula mais de 670 mil seguidores. No perfil, ele compartilha registros pessoais e de suas conquistas, entre elas, veículos de luxo. Ele ganhou fama pela prática do “grau”, onde se realiza manobras para empinar a motocicleta, deixando a roda dianteira no alto enquanto se equilibra na traseira.
O A10+ também apurou que o empresário divulgava rifas que prometiam prêmios de grande valor financeiro em sorteios com valor bem abaixo. Ele foi preso na manhã de quinta (11) em sua residência.
Fonte: A10+