O que se sabe sobre o caso da modelo agredida em Teresina
Vítima foi agredida com soco e teve perfuração de 3 centímetros no rosto; ela precisou passar por sutura. Homem não foi encontrado para comentar o ocorrido.
A modelo e estudante universitária Mariana Lopes de Meneses, de 24 anos, foi agredida durante a madrugada de domingo (14) e denunciou à polícia que o autor da agressão foi o síndico do prédio em que ela mora, na Zona Leste de Teresina.
O homem, que não teve o nome divulgado, foi intimado pela Polícia Civil do Piauí para prestar esclarecimentos. O g1 tentou contato, mas ele não foi localizado para comentar a denúncia.
Veja abaixo o que se sabe sobre o caso:
A agressão
Mariana afirma que foi agredida na madrugada de domingo (14), quando ela e o noivo, Alexandre Vieira, foram ao apartamento do síndico, por volta das 3h30, relatar que haviam sentido cheiro forte de gás de cozinha no apartamento acima do deles.
O casal precisava da autorização do síndico para fechar o encanamento. Contudo, ao atender a porta, o síndico teria reclamado do horário em que foi acordado, e agrediu o casal com palavrões.
Em sequência, ele desferiu um soco no rosto de Mariana. O golpe provocou um ferimento de 3 centímetros no lado esquerdo da face da jovem. Depois, o síndico retornou para dentro do próprio apartamento.
Primeiro contato
A vítima e o síndico não se conheciam, segundo Mariana, e o episódio foi o primeiro contato entre os dois. O homem teria ficado irritado por ser acordado àquela hora. Mariana então insistiu para ele fazer algo com relação à suspeita de vazamento de gás no prédio.
“Tudo foi muito rápido, 2 minutos entre ele abrir e fechar a porta. Ele foi muito grosseiro comigo, e por ser questionado, ficou com mais raiva. Aí ele me xingou e me deu o soco no rosto. Eu fiquei em choque, parada na porta”, contou.
Depois disso, Mariana buscou socorro em um hospital particular de Teresina, e, em seguida, denunciou o caso à Polícia Civil. Ela precisou passar por sutura.
Medo de ficar em casa
Por não ter a casa de um familiar em Teresina onde pudessem ficar, Mariana e o noivo voltaram para o apartamento no mesmo prédio. Apesar do apoio que tem recebido da polícia e dos vizinhos, ela contou que ainda sente medo.
“Ele não apareceu mais, e o delegado entrou em contato com a gente, estão dando todo o suporte. Mas é muito difícil. Eu não saí de casa depois que entrei, e tenho medo de ficar sozinha”, disse.
Suspeito fugiu
Após a agressão, o casal desceu até a portaria do apartamento e acionou a Polícia Militar. Os policiais foram até o local, mas o síndico não foi encontrado. A identidade dele não foi revelada, mas foi confirmado que ele é policial militar.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito saiu do local antes da chegada da PM porque sabia que poderia ser preso em flagrante. Ele foi intimado a comparecer à delegacia do 12º Distrito Policial de Teresina nesta terça-feira (16), às 10h.
O delegado Ademar Canabrava disse que espera que o homem compareça porque o prazo para a prisão em flagrante já expirou. Caso não compareça, o delegado informou que pedirá condução coercitiva.