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Defesa de ex-contador de Itallo chama operação de midiática

Em nota, o advogado Joan Oliveira afirma que investigação foi feita sem base legal.

A defesa de Marcos Victor Pereira da Silva, ex-contador do influencer Itallo Bruno, preso na Operação Jogo Sujo, se manifestou contra a prisão do ex-contador. Ao A10+ a defesa afirmou que Marcos é inocente e que se encontra preso há quatro dias injustamente. Também está sendo contestada a investigação feita pela polícia, caracterizada pela defesa como midiática. Ele e mais 10 pessoas, entre elas, o influencer, seguem presas. 

“Trata-se de uma operação arbitrária, nefasta, totalmente midiática, espúria, com valor de auto promoção pessoal por parte dos delegados responsáveis por essa suposta investigação, porque de investigação passa é longe, sendo que o nome seria perseguição que é pública e notória,  sendo um verdadeiro escárnio e um verdadeiro jogo sujo da Polícia em prender as pessoas envolvidas  bem como o Senhor  Marcos Victor, pessoa íntegra, honesta e trabalhadora, que nunca sequer entrou em qualquer situação prisional ou investigatória anterior a esse fato, sendo que Marcos Victor  não ostenta nenhuma  hipótese de prisão cautelar preventiva”, afirma o advogado Joan Oliveira.

A defesa alega que Marcos não trabalha para Itallo Bruno desde setembro de 2023 e que atualmente ele já estava empregado em outro local como assistente de compras. Segundo Joan Oliveira, a investigação foi feita por iniciativa própria dos delegados: 

“Os delegados fizeram uma investigação por iniciativa própria, sabe-se que é vedado um Delegado de Polícia, agir ex ofício na sua função, pior utilizar a máquina pública, onerando ainda mais o erário público com afinco de perseguir uma pessoa, sendo uma investigação unilateral, não provocada por nenhuma parte, tratando-se uma acusação falaciosa, temerária, infundada, arrazoada, trepidante, além do mais sequer o inquérito está concluído, ou seja, não foi exaurido toda uma via investigativa,  finalização do inquérito com provas e indícios mínimos  de autoria e materialidade em relação ao Marcos Victor”, destaca o advogado.

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 De acordo com a defesa, é contestada a atuação dos delegados na operação e em caso de comprovação de inocência do ex-contador, será aberto um processo contra o Estado. 

“Gostaria até de saber que concurso foi esse que os delegados foram aprovados e nomeados, porque atuaram contra todo um ordenamento jurídico vigente, em tempos futuro irá processar o Estado e consequente os delegados signatários da operação, em uma ação indenizatória de R$ 2 milhões, a fim de reparar, todo esse extermínio a moral humana causada por essa nefasta operação, além do mais a defesa vem criticar a decisão do Juíz da Central de Inquérito, pois é uma decisão sem sobra de dúvida estarrecedora e totalmente fora dos ditames das leis. A defesa já está tomando todas as medidas cabíveis, inclusive já ingressou com o pedido de habeas corpus com pedido de liminar, que aguarda julgamento”, encerra.

Entenda o caso

Itallo Bruno – Foto: Reprodução Redes Sociais

O influencer Itallo Bruno é um dos presos da operação Jogo Sujo, deflagrada nas primeiras horas da manhã de quinta-feira (11) pela Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) em conjunto com a SOI/SSP-PI. A ação combate os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e jogos de azar.

Somente em uma rede social, ele acumula mais de 670 mil seguidores. No perfil, ele compartilha registros pessoais e de suas conquistas, entre elas, veículos de luxo. Ele ganhou fama pela prática do “grau”, onde se realiza manobras para empinar a motocicleta, deixando a roda dianteira no alto enquanto se equilibra na traseira. 

O influncer divulgava rifas que prometiam prêmios de grande valor financeiro em sorteios com valor bem abaixo. Ele foi preso na manhã desta quinta (11) em sua residência.

 Sobre a operação

A operação policial teve como objetivo realizar o cumprimento de 15 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar, cujos investigados são acusados de obter vantagem ilícita por meio da prática de jogos de azar e a ocultação de patrimônio nas compras de bens diversos. A ação, deflagrada pela Polícia Civil, prendeu 11 pessoas e apreendeu oito carros e 13 motos de altos valores, além de porção de maconha.

Durante as investigações, foram identificadas grandes movimentações financeiras entre indivíduos vinculados a conhecida facção criminosa, com fortes indícios da prática de crimes, tais como os de Organização Criminosa (art. 2 da Lei 12.850/13), Lavagem de Dinheiro (art. 1 da Lei 9.613/98) e Jogos de Azar (art. 50 da LCP), cujas penas de reclusão podem atingir até 18 anos de prisão.

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