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Polícia investiga se síndico que agrediu modelo cometeu violência de gênero; suspeito presta depoimento

Jovem foi pedir auxílio ao suspeitar de vazamento de gás em prédio, durante a madrugada, e foi agredida. O golpe causou uma perfuração de 3 cm na face da vítima. Suspeito ainda não se apresentou à polícia.

A delegada Bruna Verena, coordenadora do Departamento Estadual de Proteção à Mulher, da Polícia Civil do Piauí, ouviu nesta sexta (19) o síndico de um prédio da Zona Leste de Teresina, suspeito de agredir a modelo Mariana Lopes com um soco no rosto. A polícia apura ainda se ela foi agredida por ser mulher.

O caso aconteceu domingo (14), quando a modelo procurou o síndico para informar sobre um vazamento de gás no prédio. O homem ainda não havia se apresentado até esta sexta-feira, quando foi acompanhado de uma advogada e prestou depoimento. A delegada não divulgou o teor da oitiva.Segundo ela, um dos pontos apurados é se a jovem foi vítima de violência de gênero. 

“Pelos depoimentos colhidos até agora, sabemos que havia um homem e uma mulher na situação, e ele agrediu a mulher, né? Então a gente vai investigar se houve violência de gênero, se ele agiu contra ela por ela ser mulher”, disse a delegada nesta sexta-feira (19).

Caso seja confirmada a violência de gênero, diante das provas coletadas durante as investigações, o homem responderá também por este crime, além da lesão corporal.

O homem é síndico do prédio onde o crime aconteceu. Segundo o namorado da vítima, Alexandre Rodrigues, na noite de quinta (17) houve a eleição do novo síndico do prédio e outro morador foi eleito. O mandato dele encerra no dia 31 de janeiro.

Lesão corporal

Outro ponto apurado é o grau da lesão sofrida. A delegada aguarda conclusão de laudos periciais para verificar a extensão do ferimento causado na vítima. Isso vai definir se Mariana foi vítima de uma lesão corporal grave, por exemplo, o que muda o crime pelo qual ele poderá responder.

Com a agressão, Mariana sofreu um corte no rosto e precisou passar por sutura, recebendo cinco pontos. Com a agressão, um dos dentes da jovem foi quebrado. Ela ficou por vários dias sentindo dores de cabeça, nos dentes e na mandíbula, além de muita dificuldade para falar e se alimentar.

Agressão

A agressão aconteceu por volta de 4h de domingo (14). Mariana contou que ela e o noivo foram até o apartamento do síndico para relatar que estava sentindo um cheiro muito forte de gás nos corredores do seu andar.

Mariana e o síndico não se conheciam. O episódio foi a primeira vez que os dois se falaram. O homem teria ficado irritado por ser acordado àquela hora. Mariana então insistiu para que ele fizesse algo. 

“Tudo foi muito rápido, 2 minutos entre ele abrir e fechar a porta. Ele foi muito grosseiro comigo, e por ser questionado, ficou com mais raiva. Aí ele me xingou e me deu um soco no rosto. Eu fiquei em choque, parada na porta”. 

Depois disso, Mariana buscou socorro num hospital particular de Teresina, e denunciou o caso à Polícia Civil.

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