Polícia prende o último suspeito de participar de execução de primos no Rodoanel
As vítimas foram encontradas com marcas de tiros na região da cabeça e costas.
Reidiomar de Lima, suspeito de participar da morte dos primos Alan Carlos Silva Rabelo e Roniel Souza, foi preso na neste domingo (03) pela equipe do 17º Batalhão da Polícia Militar, na zona Sul de Teresina. As vítimas foram executadas após terem sido confundidas como membros de uma facção criminosa que atua na Capital.
Reidiomar é o único suspeito pelo crime que ainda não havia sido preso pela polícia.
No dia 16 de dezembro foi preso Francisco das Chagas, conhecido como Barriga, apontado como mandante e um dos executores do crime. Ele foi preso no povoado Divinópolis, município de União, a 59 km da Capital.
Antes disso, a polícia já havia conduzido outros três homens para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), são eles: João Victor da Silva, vulgo Negreti, Jailson Ferreira da Silva e Antônio Jesus Alves, suspeitos de envolvimento direto com o crime.
O delegado Bruno Ursulino, que comanda a investigação, informou à época que dois dos presos têm ligação com o crime. O outro estava de posse da motocicleta das vítimas.
Relembre o caso
Os primos foram assassinados no rodoanel de Teresina, no dia 04 de dezembro de 2023. As vítimas foram capturadas no bairro Dom Avelar, zona Leste de Teresina, torturados e executados, supostamente, por membros de uma facção, ao voltarem para casa e passarem por uma rua onde estava ocorrendo uma festa, lá foram parados e tiveram os celulares confiscados pelos criminosos. Depois foram levados para o matagal para serem mortos.
Segundo a perícia, os dois teriam sido levados ao rodoanel, obrigados a deitar de bruços no chão e executados com disparos de arma de fogo nas costas e na nuca.
“Um deles foi morto com dois tiros na nuca. O outro tem dois tiros nas costas, um deles transfixou o corpo da vítima”, disse o delegado.
Motocicleta utilizada pelas vítimas foi vendida pelos criminosos
A motocicleta de propriedade de Alan Carlos Silva Rabelo, que era utilizada pelas vítimas no dia do crime foi vendida pelos executores.
Após o crime, a motocicleta permaneceu sob a guarda da facção, zona Leste de Teresina. No dia seguinte, a moto foi levada para a zona Sul de Teresina e negociada por R$ 1500,00.
“Nós já temos toda a dinâmica do fato e o percurso feito pelos criminosos com a motocicleta. A pessoa que comprou já confessou e nos revelou o valor que pagou pelo veículo”, disse Bruno Ursulino.