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12% dos estudantes do Piauí sofreram importunação sexual

Na pesquisa, os estudantes vítimas de importunação confirmaram que, pelo menos, alguma vez na vida alguém o tocou, manipulou, beijou ou expôs partes do corpo contra a sua vontade

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2019, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, apontam que 12,8% dos estudantes piauienses de 13 a 17 anos de idade já sofreram importunação sexual. A pesquisa também revela que aproximadamente 40% dos estudantes ouvidos também foram vítimas de bullying.

Na pesquisa, os estudantes vítimas de importunação confirmaram que, pelo menos, alguma vez na vida alguém o tocou, manipulou, beijou ou expôs partes do corpo contra a sua vontade.

No Brasil, o índice foi de 14,6%. Entre os estados, o Piauí registrou a quinta menor proporção.

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, enquanto apenas 7,3% dos estudantes do sexo masculino informaram ter passado por essa situação, a proporção chega a 17,7% entre as estudantes do sexo feminino. Os índices também são mais altos entre alunos de instituições privadas (16,5%) do que entre os de escolas públicas (12,2%). As informações são do cidadeverde.com.

Quanto à autoria da importunação, a mais citada pelos estudantes agredidos foi o(a) namorado(a), ex namorado(a), ficante ou crush (27%). Cerca de 22,6% responderam que um(a) amigo(a) foi o responsável e 6% informaram o pai, a mãe, o padrasto ou a madrasta. Outros familiares foram apontados por 13,7% dos alunos e desconhecidos(as) por 22,7%. Aproximadamente 16,8% indicaram outra pessoa não especificada no questionário.

Foto: Divulgação

Cerca de 5,6% dos alunos piauienses informaram que, alguma vez na vida, foram ameaçados, intimidados ou obrigados a terem relações sexuais ou qualquer outro ato sexual contra a sua vontade. A proporção dos que sofreram estupro foi de 3,7% entre homens e 7,3% entre as mulheres.

Este tipo de violência foi mais frequente entre alunos de escolas públicas (5,8%) do que entre aqueles de instituições privadas (4,4%).

Já em relação ao Bullying, a pesquisa aponta que aproximadamente quatro em cada dez estudantes (39,6%) afirmaram terem se sentido humilhados por provocações de colegas no Piauí.

Entre os motivos apontados para a agressão verbal, os dois mais citados foram a aparência do corpo (17%) e do rosto (10,5%). Em seguida, a cor ou raça (4,5%), a religião (2,3%), a orientação sexual (2,2%) e a região de origem (1,2%). Cerca de 61,2% dos estudantes piauienses indicaram outras razões não especificadas no questionário da pesquisa.

A proporção cai quando se trata de bullying praticado via internet: apenas 12% dos estudantes piauienses informaram terem sido ameaçados, ofendidos ou humilhados em redes sociais ou aplicativos de celular nos 30 dias anteriores à pesquisa.

A taxa reduz ainda mais com relação a agressões físicas praticadas por colegas: apenas 10,6% relataram terem passado por essa situação no período investigado.

Foto: Divulgação

Drogas ilícitas
O Piauí é o 5º estado do país com menor índice de estudantes que já experimentaram drogas ilícitas alguma vez na vida. A taxa é de 7,4% entre os estudantes piauienses de 13 a 17 anos de idade. No Brasil, a proporção chega a 13%.

No Piauí, a proporção de estudantes que usaram drogas ilícitas alguma vez na vida é maior entre os homens (8,4%) do que entre as mulheres (6,5%). Também é superior entre alunos de escolas privadas (7,7%) do que entre aqueles que frequentam instituições públicas (7,3%).

Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 10,9% dos estudantes tinham amigos que usavam drogas ilícitas na presença deles.

Quanto ao uso de álcool e cigarro entre estudantes adolescentes, os indicadores do Piauí também são menores que as médias brasileiras. Ainda assim, mais da metade (54,3%) dos escolares piauienses de 13 a 17 anos de idade experimentaram bebida alcóolica alguma vez na vida e 17,8% usaram cigarro em algum momento.

Prevenção de gravidez
Cerca de três em cada quatro estudantes piauienses de 13 a 17 anos de idade (75,5%) receberam orientação da escola sobre prevenção de gravidez na adolescência. A informação foi fornecida pelos próprios alunos para a pesquisa.

Ainda mais alta foi a proporção de estudantes que foram orientados sobre prevenção de doenças e infecções sexualmente transmissíveis. O índice alcançou 82,4% no Piauí. No entanto, apenas 65,4% dos alunos informaram terem recebido orientação da escola sobre a aquisição gratuita de camisinha no serviço público de saúde.

Os dados apontam que 31,9% dos estudantes piauienses já haviam tido relação sexual alguma vez na vida na data da pesquisa. Aproximadamente um terço deles (33,5%) disseram que a primeira relação sexual ocorreu quando tinham 13 anos de idade ou menos.

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