Ciro joga o ‘canto da sereia’ em vereadores, mas retrospecto é de consecutivas derrotas
Senador conversa com PDT, PSL e quer atrair o MDB. Governo se adianta e reforça aliança para 2022
O senador Ciro Nogueira (Progressistas) está em campo tentando se aproximar de partidos e políticos para comporem sua chapa em 2022. Nos últimos dias, muito próximo de alguns veículos de comunicação, o senador piauiense tem divulgado reuniões e supostos apoios, principalmente de vereadores.
O último encontro ocorreu com o PDT, onde Ciro disse que bateu o martelo e que o partido estará com ele na disputa pelo Governo do Piauí.
Enzo Samuel, Evandro Hidd e Alan Brandão, vereadores de Teresina, eleitos pelo PDT, estiveram em Brasília com o senador, mas cabe aos deputados Flávio Nogueira e Flávio Nogueira Júnior, a decisão final.
Atualmente, ambos estão na base de sustentação ao Governo de Wellington Dias (PT) e dificilmente sairão para aventurar um apoio à Ciro Nogueira. Inclusive, Flávio Nogueira Júnior é secretário de Estado do Turismo. A expectativa é de que eles saíam do PDT e migrem para outras legendas onde seria viável de forma mais encorpada suas reeleições.
Além do PDT, o PSL é outro partido cortejado pelo senador. Os vereadores Luís André e Teresinha Medeiros também dialogam, e tentam levar os ex-vereadores Zé Filho e Major Paulo Roberto para o mesmo grupão.
Cabe ressaltar, que apoio dos vereadores de Teresina nunca foi decisivo para eleição do executivo estadual. Basta lembrar os últimos pleitos, onde o grupo ligado ao ex-prefeito Firmino Filho sempre contou com o amplo apoio da bancada governista na Câmara Municipal.
Em 2014, por exemplo, Zé Filho (MDB), com Sílvio Mendes (PSDB) de vice, foram derrotados por Wellington Dias. Já em 2018, o candidato do PSDB, Luciano Nunes, acabou ficando em terceiro, atrás até de Dr. Pessoa, que era candidato solo e à ápoca filiado ao Solidariedade.
Correndo por fora, o grupo governista dialoga com políticos ligados ao grupo de Firmino, vereadores e suplentes. A expectativa é de que o PSDB e outros partidos sejam esvaziados.
Por fim duas ponderações. A primeira é a certeza de que Ciro será o candidato. Ele não quer, mas busca estruturar o caminho para um indicado, possivelmente a deputada federal Iracema Portella (Progressistas), sua ex-esposa. Segundo, que a Polícia Federal segue na cola do senador e muito em breve novas diligências poderão ser deflagradas.